O mercado imobiliário português continua a ser um dos mais dinâmicos da Europa, mesmo num contexto de desafios económicos e sociais. Em 2026, espera-se um cenário de crescimento moderado, com forte procura interna e internacional, políticas públicas para aumentar a oferta e uma transformação marcada pela sustentabilidade e pela digitalização.
Vamos analisar as principais tendências com base em dados recentes e projeções.
1. Preços em Alta, mas com Ritmo Mais Contido
Os preços das casas vão continuar a subir até 2026, embora com sinais de desaceleração.
- Em 2025, o valor mediano atingiu 2.851 €/m², com Lisboa a liderar com 5.720 €/m² e Porto com 3.768 €/m².
- A valorização prevista para 2026 situa-se entre 3% e 6% ao ano, dependendo da região.
- Zonas premium como Lisboa, Cascais e Algarve podem manter subidas acima da média, enquanto áreas do interior terão crescimento mais moderado.
Porquê esta tendência?
- Escassez de oferta (apenas 28 mil novas unidades licenciadas em 2024).
- Custos elevados de construção e falta de mão-de-obra (défice de 80 a 90 mil profissionais).
- Procura internacional e saldo migratório positivo (+155 mil pessoas em 2023).
2. Regiões Emergentes Ganham Força
Lisboa, Porto e Algarve continuam líderes, mas Braga, Aveiro, Setúbal e Évora estão a destacar-se:
- Boa relação preço/qualidade de vida.
- Investimentos em infraestruturas (como novas ligações ferroviárias Lisboa-Porto).
- Rentabilidade atrativa: rendimentos brutos superiores a 5% em algumas destas cidades.
3. Sustentabilidade Deixa de Ser Diferencial – É Obrigação
A procura por imóveis sustentáveis cresce exponencialmente:
- Casas com certificação energética A+ valorizam até 8% acima da média.
- Materiais de baixo carbono, painéis solares e soluções de economia circular tornam-se padrão.
- Certificações como LEED, BREEAM e WELL são cada vez mais exigidas.
- Regulamentos europeus impõem metas: edifícios novos com emissões zero até 2030.
4. Digitalização e Tecnologia
O setor imobiliário em 2026 será altamente digital:
- Visitas virtuais 3D e realidade aumentada para compradores.
- Contratos digitais e uso de blockchain para maior segurança.
- Edifícios inteligentes com IoT e IA para otimização energética.
- Plataformas online e CRM avançados para gestão de clientes.
5. Políticas Públicas e Incentivos
O Governo reforça medidas para aumentar a oferta:
- Isenção de IMT para jovens na primeira casa.
- Programas de habitação acessível e revisão dos PDMs para acelerar licenças.
- Investimento público de 2,8 mil milhões de euros para construção e reabilitação até 2030.
6. Investimento Estrangeiro e Golden Vis
Portugal mantém-se como destino seguro para investidores internacionais:
- O Golden Visa continua ativo em 2026, mas com novas regras:
- Foco em fundos de investimento, inovação e cultura (imóveis residenciais deixaram de ser elegíveis).
- Investimento mínimo: 500.000 € em fundos ou 250.000 € em projetos culturais.
- Benefícios: residência, acesso ao Espaço Schengen e possibilidade de cidadania após 5 anos.
Conclusão
O mercado imobiliário português em 2026 será marcado por:
- Valorização moderada (3% a 6% ao ano)
- Expansão para regiões emergentes
- Sustentabilidade como requisito obrigatório
- Digitalização total do setor
- Investimento estrangeiro forte, mas com novas regras
Para quem pretende comprar ou investir, este é o momento ideal para planear estratégias e aproveitar oportunidades antes que os preços subam ainda mais.
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